assim fluem os pensamentos e as (an)danças cinematográficas, deste lado do oceano.

terça-feira, 22 de maio de 2007

O Amor é fodido, dizia Miguel Esteves Cardoso...




























O amor é fodido, dizia Miguel Esteves Cardoso...

Um breve apontamento.
Esta cidade é nossa. Estás em cada rua, em cada canto, em cada canção...Estás em todas as assoalhadas da minha casa. Estás na minha cabeça e na minha pele. O tempo parou na Corrientes 1000 ou 2000 e qualquer coisa, naquela madrugada antes da despedida... uma madrugada cheia de verdades, pura, em que chorámos, rimos e amámos nos como nunca...ou será como sempre?
O tempo parou sempre que o meu telefone recebeu chamadas de milhares de km de distancia e que se tornavam kilometros de minutos e kilometros de pesos, reais ou euros, quando desligávamos... (Eu só dizia “Desligaa!” ahah)
O tempo parou nas lágrimas que deixas-te cair na Milonga em Riobamba... O tempo parou nos chás que tomámos em cafés de esquina às 2 da manhã... O tempo parou em cada Tango que dançámos, seja ele em Novembro em Buenos Aires, em Fevereiro em Fpolis ou de novo em Buenos Aires versão 2007...
O tempo parou em San Telmo, sabes quando, em Libertad, em Santa fé, em Libertador, na Terra Santa,etc, etc...O tempo parou em cada restaurante... Ah! e no shamrock, pois tá claro...
O tempo parou quando olhaste para mim num bar de esquina em Palermo Soho e disseste o que disseste... O tempo parou nas garrafas de vinho que bebemos naquela noite em que me deixaste completamente desarmada...O tempo parou quando te despedis-te de mim em São Paulo (já para não falar de todas as despedidas antes)...

O tempo parou, há uns dias atrás, no aeroporto de Ezeiza em Buenos Aires.