Permaneço atada à intepestiva Poesia
Sedendo vampiro é o acaso,
fazendo pender do galho, sem polpa,
a drupa ofendida.
fazendo pender do galho, sem polpa,
a drupa ofendida.
Também eu, pendente da vida,
permaneço atada à intempestiva poesia,
indagação irrompida.
permaneço atada à intempestiva poesia,
indagação irrompida.
É o ofício de poeta engraxar emoções,
mas não disfarço a alma desbotada.
mas não disfarço a alma desbotada.
Meus olhos dragam de céu enormes camadas,
ávidos, e o acaso desaba.
Subitamente
fico imersa na dor silenciada.
ávidos, e o acaso desaba.
Subitamente
fico imersa na dor silenciada.
Carmen Sylvia Alves de Vasconcelos